Acordo com UE está próximo, diz Troyjo

Fonte: Paraná Cooperativo Publicado em

O secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse nesta quarta-feira (12/06) que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia deve ser fechado “em algumas semanas”. Segundo ele, uma reunião ministerial entre as partes deverá ocorrer no fim deste mês.

Tarifa – Troyjo também afirmou que o governo vai trabalhar para reduzir a Tarifa Externa Comum do Mercosul para bens de informática e de telecomunicações (BIT) dos atuais 16% para “algo em torno de 4% ao longo do ciclo de governo”.

Acesso – Troyjo disse que o acesso a esses bens importados vem sendo facilitado hoje pelo “ex-tarifário”, programa de redução temporária da alíquota do Imposto de Importação para itens que não têm produção local. Entretanto, observou que uma redução definitiva pode ter “efeito exponencial”, por beneficiar os mais variados setores da economia. “Se você é um cabeleireiro ou uma empresa de computação, oficina mecânica ou banco, tecnologia da informação é insumo para você.

Produtividade interna – Quando há um choque, não apenas de qualidade de preço, mas também de acesso àquilo que há de mais avançado [em produtos eletroeletrônicos], automaticamente a produtividade interna se multiplica”, afirmou.

Congresso – Troyjo participou nesta quarta da abertura do Congresso Mundial das Câmaras de Comércio, no Rio. Após participar do evento, ele reforçou a ideia de que a parceria entre Brasil e UE seria realizada em breve. “Estamos mais próximos de fechar com a União Europeia do que jamais estivemos. Mas pênalti bem batido é aquele em que a bola entra. Tem que terminar o jogo.”

Consenso – De acordo com o secretário, ainda é preciso chegar a consenso sobre as trocas relativas a itens agrícolas e manufaturados, além de serviços. Ele não quis entrar em detalhes: “Estamos perto, mas não vamos fazer nada que não seja do interesse do Brasil e do Mercosul”.

Lideranças – Troyjo afirmou que, com as eleições para a Parlamento Europeu e com a proximidade da escolha do comissariado do bloco, é preciso chegar logo a um acordo porque a mudança das lideranças da UE pode dificultar as negociações. “Temos uma oportunidade, nesse encerramento de ciclo, de fechar o acordo”, disse. Ele acrescentou que o Mercosul negocia acordos comerciais com Canadá, Coreia do Sul e Japão e existe também manifestação de interesse do Líbano.

Brics – Ele negou, no entanto, alguma tratativa no sentido de promover acordos comerciais com países que formam o grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). “Não há conversas do ponto de vista comercial com países do Brics”, afirmou o secretário. “Com o Brics, temos outras coisas para fazer na linha de desenvolvimento e financiamento, o New Development Bank” disse, em uma menção ao banco do Brics, instituição de desenvolvimento multilateral operada pelos cinco países do grupo como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). (Valor Econômico)

 

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