Artigo: Como entrar na bolsa? Um guia para empresas arrojadas

Fonte: LLYC Posted on

Seca. Esta é a palavra que melhor define 2019 no que respeita à entrada no mercado bolsista. No ano que acabou de findar, nenhuma empresa conseguiu estrear-se no mercado de capitais espanhol, pelo menos no que se refere ao Mercado Contínuo. As únicas exceções à acalmia geral foram a Holaluz no Mercado Alternativo Bolsista (MAB) e a Grenergy Renovables, que migrou do MAB para o Mercado Contínuo.

Perante este cenário, o montante total aplicado pelos investidores ascende a um magro resultado de 44 milhões de euros obtidos pelo distribuidor de eletricidade, de acordo com os dados da Bloomberg (que não incluem aumentos de capital nem admissões à cotação). Para encontrar uma situação semelhante, temos de recuar a 2013, ano em que o montante total aplicado foi igual a zero e em que as duas únicas transações efetuadas não geraram nenhum tipo de capital novo para as empresas estreantes.

Torna-se evidente, portanto, que a atual incerteza política e económica afetou os mercados de capitais, na medida em que as flutuações do mercado bolsista se tornaram uma ocorrência rara, o que nos faz regressar a tempos que já não conhecíamos desde a crise financeira. A situação no resto da Europa não foi muito melhor. No ano passado, o montante subscrito pelo mercado caiu mais de 25 % na Europa, tendo passado de 28 mil milhões de euros em 2018 para 21,6 mil milhões em 2019, também de acordo com os dados da Bloomberg. Se olharmos para os indicadores globais, o estudo Global IPO Trends 4Q 2019 (Tendências Globais de OPI no Quarto Trimestre de 2019) elaborado pela EY mostra que, no ano passado, foram registadas 1115 OPI, num total de 198 mil milhões de dólares, o que representa uma redução de 19 % e 4 %, respetivamente, entre períodos homólogos. Sem as grandes OPI da Saudi Aramco, Uber, Alibaba Group Holding e Postal Savings Bank of China a quebra teria sido muito mais acentuada. A questão neste momento é saber se as reticências relativamente às OPI são temporárias ou se se manterão em 2020. Neste preciso momento, o único lançamento confirmado é o da Línea Directa, que será realizado por meio de uma admissão à cotação, contornando assim a necessidade de vender a empresa a investidores. Teremos de esperar para ver se os outros candidatos que vêm sendo aventados nos mercados (Ibercaja, Wizink, Mediapro, Europastry, Soltec, Vips…) decidem dar este passo. É evidente que, se o fizerem, devem ter em conta os ensinamentos dos meses mais recentes para que a operação seja bem-sucedida.

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