BNDES pode devolver R$ 100 bi ao governo em 2019, diz conselheiro

Fonte: Folha de S. Paulo Posted on

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá devolver ao Tesouro Nacional cerca de R$ 100 bilhões neste ano para ajudar nas contas do governo, segundo o conselheiro do banco, Carlos Thadeu de Freitas.

O banco já devolveu esse ano cerca de R$ 30 bilhões e, de acordo com o conselheiro, os demais R$ 70 bilhões devem ser quitados até o fim do ano. Thadeu, que já foi diretor da instituição, disse que o banco tem espaço e fôlego para devolver ao Tesouro esse montante para ajudar nas contas públicas.

“As contas públicas não podem piorar. Está todo mundo no mesmo barco e se piorar todo mundo afunda junto”, disse ele.

Durante a última década, o Tesouro irrigou o BNDES com quase R$ 500 bilhões, usados para empréstimos a empresas, muitas vezes mais baratos do que o custo de captação da União. Esses recursos começaram a ser devolvidos nos últimos anos.

De 2015 a 2018, o banco devolveu ao governo R$ 309 bilhões. No ano passado, BNDES fez acordo com a União, antecipando de 2060 para 2040 o prazo final para devoluções.

Comenta-se internamente no banco que Joaquim Levy, que se demitiu do comando do banco no último fim de semana após ter sido cobrado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro, estaria resistindo a uma devolução mais expressiva.

“O Levy é um grande economista, mas talvez tenha demorado a entender o novo tamanho do banco”, disse Freitas.

Há receios no banco é que as devoluções possam comprometer a capacidade de financiamento da instituição. Mas como a economia ainda não engrenou, há correntes no governo que entendem que a devolução não teria maiores consequências para o BNDES.

O parecer da reforma da previdência prevê o fim dos repasses do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma das principais fontes de financiamento do banco.

“Se isso for aprovado, seria só para 2020. Aí tem que ver como vai ficar a devolução dos demais recursos. No total, faltam uns R$ 200 bilhões”, frisou Thadeu.

O executivo afirmou não se deve mais esperar que o banco empreste mais de R$ 70 bilhões anualmente. O BNDES já chegou a emprestar mais de R$ 140 bilhões por ano. O foco daqui para frente devem ser financiamentos para obras de infraestrutura e para médias, micro e pequenas empresas, disse.

“Não há mais alternativa para o banco ser maior. Os privados podem emprestar, são muito líquidos e não faz mais sentido ter um BNDES enorme. Se tem que ser focado em pequenos e infraestrutura”, afirma Thadeu.

A previsão do executivo é que o BNDES empreste em 2019 cerca de R$ 65 bilhões, abaixo dos R$ 69,3 bilhões de 2018.

Com isso, Freitas afirmou que é hora de se pensar em enxugar o quadro de funcionários por meio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Isso poderia levar o quadro total do BNDES, hoje em cerca de 2.500 pessoas, para no máximo 1.800 empregados.

A associação de empregados do BNDES disse que por enquanto não tem conhecimento de um PDV e que não vai iria se manifestar.

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