A notícia de que os Estados Unidos irão apoiar a entrada de Argentina e Romênia na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e não o Brasil, não traz efeitos para a economia do país no momento, segundo especialistas consultados pelo UOL.
“Os analistas que conhecem bem essa história sabem que não é isso que vai mudar em curto prazo a economia brasileira”, afirmou Lia Valls, pesquisadora da área de Economia Aplicada do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
A informação sobre a não indicação dos EUA foi divulgada nesta quinta-feira (10) pela agência Bloomberg, com base em cópia de carta enviada pelo secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo, ao secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, em 28 de agosto.
Para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, o Brasil não ser indicado neste momento não traz “nenhum grande impacto visível”.
“O Brasil já não conta com isso, nem o mercado conta com isso”, afirmou.
Os analistas dizem que Argentina e Romênia estavam, de fato, na frente do Brasil na fila para entrar na OCDE, seguindo os trâmites burocráticos necessários, por terem feito o pedido antes. Mesmo a proximidade do presidente Jair Bolsonaro com o presidente americano Donald Trump dificilmente aceleraria esse processo, segundo eles.
Além disso, uma eventual indicação dos EUA poderia até trazer algum efeito positivo, com um otimismo do mercado, mas o processo de efetivação ainda seria longo, levando anos, e passaria por muitas etapas, sem trazer efeitos concretos rapidamente.
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