Caem os preços dos hortifrútis mais vendidos

Fonte: Comex do Brasil Publicado em

As frutas e hortaliças mais consumidas pelos brasileiros e vendidas nas principais Ceasas do país ficaram mais baratas para os consumidores em julho, apontou relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicado ontem.

Entre as hortaliças, tomate e batata tiveram as quedas mais expressivas, enquanto a cebola subiu em todas as nove centrais atacadistas pesquisadas pela Conab. No caso das frutas, a alta isolada foi do mamão, mas banana, maçã, laranja e melancia ficaram mais em conta.

No caso da batata, os preços só não caíram no Rio de Janeiro, onde ficaram praticamente estáveis. Mas, nesse caso, não há muito o que comemorar. Mesmo com as quedas registradas no último mês, o tubérculo está custando assustadoramente mais do que no ano passado. Na Ceagesp, em São Paulo, os preços de julho ficaram 123,4% acima dos praticados em julho de 2018.

A menor produção em Goiás e Minas Gerais colaboram para as altas na comparação anual. De acordo com o boletim da Conab, a tendência de queda mês a mês, no entanto, pode perdurar em agosto se houver uma concentração de oferta, em decorrência do aumento no ritmo de colheita e da liberação dos estoques por parte dos produtores ou comerciantes, que vêm acumulando margens recompensadoras.

No mercado do tomate, os preços caíram em todas as Ceasas pesquisadas com o calor no início de julho. O destaque foi a central de Recife (PE), onde o fruto ficou 39,85% mais barato. Embora o tempo frio tenha reduzido a oferta que chegou ao mercado na segunda metade do mês, prevaleceu a queda na média dos 31 dias, que é tendência também para agosto, com a elevação das temperaturas no campo.

Já a cebola teve alta expressiva em Vitória (ES), de quase 50% em relação a junho. Na Ceagesp, subiu 33,7%. A redução na safra brasileira já tem estimulado importações, que no período de janeiro a junho foram 30% maiores que no mesmo intervalo do ano passado. A oferta externa vem sobretudo da Argentina, e a tendência é que as compras caiam apenas quando a produção de São Paulo se somar à de Goiás e Minas, onde a safra deste ano foi menor.

Entre as frutas, a banana foi uma das que mais caíram. Enquanto sete de nove Ceasas tiveram redução de preços nas bancas na comparação mensal, seis registraram incremento no volume ofertado na comparação com julho de 2018. Em Curitiba (PR), o recuo de preços foi de 13%, enquanto em Brasília chegou a 30,4%. Já o volume disponível nestas centrais cresceu 9,4% e 12% este ano.

Para os próximos meses, com a produção a todo vapor, os preços deverão cair também no varejo, o que deverá afetar a rentabilidade dos produtores, segundo a Conab.

 

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