A Otan pode considerar a possibilidade de outros países da América Latina se juntarem à Colômbia na lista de parceiros da aliança, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg nesta quarta-feira, 3, aparentemente descartando a sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Brasil possa um dia se tornar um membro integral da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
“Até 2017, a Otan não tinha nenhum parceiro na América Latina. Então conseguimos nosso primeiro parceiro, que foi a Colômbia, e ser um parceiro próximo da Otan é algo que é bom para a Otan e para o país parceiro”, disse o líder da organização antes de reunião ministerial da Otan em Washington.
“Então, claro, é possível considerar a possibilidade de outros países da América Latina também se tornarem parceiros, o que forneceria uma plataforma, uma estrutura para estreita cooperação política e prática”, disse.
Em entrevista conjunta na Casa Branca no mês passado, Trump afirmou ter dito ao presidente Jair Bolsonaro que designaria o Brasil um “importante aliado extra-Otan” e que poderia ir além, apoiando uma campanha para tornar o Brasil “talvez um aliado da Otan”, o que implicaria em uma filiação completa à aliança.
Atualmente, a adesão à Otan é limitada a países da Europa e da América do Norte, embora países parceiros incluam Austrália, Nova Zelândia, assim como Suécia e Finlândia.
Perguntado se um país como o Brasil poderia se tornar um membro, Stoltenberg disse: “Não. Parceiros não são membros. Mas, eles são parceiros muito próximos. Nós trabalhamos muito intimamente com eles, na prática e politicamente e é uma maneira muito boa de fortalecer a cooperação com a Otan e com países que não são membros da aliança”.
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