Diversificação da matriz de transporte mobilizou Comissão de Infraestrutura

Fonte: Dourados Agora Publicado em

A diversificação da matriz do transporte brasileiro, em que 80% das cargas são transportadas pelas rodovias, foi um dos principais temas tratados pela Comissão de Infraestrutura (CI) no primeiro semestre, avaliou o presidente do colegiado, Marcos Rogério (DEM-RO).

Em entrevista à TV Senado, o senador fez um resumo do que considerou mais importante na atuação do CI neste ano.

O presidente da comissão afirmou que houve grandes debates sobre a necessidade de o país diversificar e desconcentrar a matriz de transportes.

Ele destacou as audiências públicas da CI com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

O modelo rodoviário está estrangulado. Temos poucas ferrovias, que funcionam precariamente. As hidrovias funcionam muito aquém do que poderiam.

O Brasil trabalha de forma muito rústica e rudimentar. Não é só colocar uma embarcação, colocar a carga em cima e sair navegando.

Temos rios navegáveis excelentes, como Madeira, Amazonas… São rios estratégicos. Mas não possuem sinalização, não têm dragagem.

Nos períodos de seca, os rios baixam, e sem dragagem o transporte de cargas é interrompido — apontou Marcos Rogério.

Outro problema citado foi a questão do volume das cargas rodoviárias. Há 30 anos, os maiores caminhões eram de três eixos, lembrou.

Agora temos carretas, treminhões, mas a infraestrutura rodoviária permaneceu a mesma. Como é que se suporta isso? Troca-se o asfalto, mas a base e a sub-base não são refeitas. A base rodoviária está esgotada.

O senador defendeu que devem ser criados portos secos no meio das principais rotas. O transporte ferroviário seria o eixo central, e em algum ponto teria-se um porto seco, onde a carga seria trocada para o caminhão ou vice-versa.

Leia a matéria na integra

Talvez você gostaria de ler também

\

BRICS aprova financiamento de R$ 2,4 bilhões para infraestrutura no Brasil

O Brasil receberá US$ 621 milhões do Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank – NDB), instituição financeira criada em 2015 pelo grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS. Nos três primeiros anos de operação da instituição, foram aprovados quatro projetos brasileiros que abrangem as áreas de energia renovável[…]

Saiba mais

América Latina precisa de projetos maduros de infraestrutura para atrair recursos, diz BID

O gargalo do desenvolvimento de infraestruturas na América Latina não é a falta de fundos privados interessados, mas sim a escassez de projetos maduros, afirmou Alexandre Meira da Rosa, vice-presidente de Países do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), antes da realização do Fórum PPP Américas na República Dominicana. “O gargalo do desenvolvimento de infraestrutura na[…]

Saiba mais

Brasil precisa investir 4,7% do PIB em infraestrutura para atingir média global

O Brasil precisaria mais do que dobrar seu nível de investimento em infraestrutura nas próximas duas décadas, atingindo 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), para se igualar à média global, concluiu um estudo da consultoria McKinsey, elaborado a pedido do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Corporação Financeira Internacional (IFC, na[…]

Saiba mais

Como o governo Bolsonaro vai atrair R$ 208 bilhões em investimentos em infraestrutura

Depois de leiloar 12 aeroportos, dez terminais portuários e um trecho da ferrovia Norte-Sul no primeiro semestre, o governo Jair Bolsonaro fechou a lista de mais ativos de infraestrutura que serão concedidos à iniciativa privada até o fim do mandato (2022). Serão leiloados mais 41 aeroportos e 11 terminais portuários e concedidos 16,5 mil quilômetros[…]

Saiba mais