Dedicada a projetos de energia, filial brasileira da multi espanhola consolida crescimento de 50% na arrecadação em cinco anos
Presente no país há 43 anos, a Elecnor do Brasil é uma das líderes do mercado em grandes projetos de engenharia de energia. Em boa saúde financeira, a companhia alcançou uma receita líquida de R$ 987,2 milhões em 2021, o que representa um crescimento de 49,4% nos últimos cinco anos – o maior índice neste quesito registrado no setor. A empresa destacou-se ainda pela margem Ebitda de 17,8% (terceira maior deste ramo de atividade) e pelo lucro líquido sobre o patrimônio líquido de 57,7%. A infraestrutura implantada em linhas de transmissão contribuiu para a geração de caixa.
Com estes resultados, a Elecnor do Brasil despontou na classificação final das empresas de construção e engenharia e conquistou a primeira posição entre as dez grandes no setor, ficando 14 pontos à frente da segunda colocada. O ranking das mil maiores leva em consideração a receita líquida, a margem Ebitda, a rentabilidade e a evolução da receita líquida, a margem Ebitda, a rentabilidade e a evolução da receita líquida, entre outros indicadores. No quesito evolução da receita líquida, conforme variações nos últimos cinco anos, a Elecnor também alcançou a primeira posição. Livre de endividamentos onerosos, manteve-se como uma companhia sólida, que proporcionou lucros, com índice de rentabilidade igualmente elevado.
A companhia, de origem espanhola e presente em mais de 50 países, desenvolve infraestruturas nas áreas de geração, transmissão e óleo e gás, o que inclui linhas de alta tensão, subestações, gasodutos, estações de compressão e medição de gás, oleodutos, complexos eólicos, parques solares, plantas termelétricas a gás e projetos de hidrogênio verde. Desde que chegou no país, detém o protagonismo nos chamados serviços EPC (do inglês engineering, procurement and construction), modalidade em que a empreiteira implanta o projeto como um todo, do desenho à montagem, por prazo determinado.
Uma das suas maiores obras em andamento envolve a construção e ampliação de três subestações e duas linhas de transmissão interligando os municípios de Parintins, no Amazonas, e Oriximiná e Juruti, no Pará, na fronteira entre os dois estados. O projeto, de cinco anos de duração e do tipo full EPC, prevê a implantação de 525 torres de energia – entre elas, uma torre de tensão de 253 metros, a mais alta no portfólio do grupo, às margens do rio Amazonas. O projeto da PATE (Parintins Amazonas Transmissora de Energia), como é conhecido, foi concebido pelo governo federal para aumentar a segurança energética na região, suprindo localidades carentes de abastecimento elétrico. Trata-se de um dos maiores desafios de engenharia da companhia, devido às dificuldades operacionais com obras dessa dimensão em plena floresta amazônica. Outro projeto importante prevê a geração de 300 MW de energia eólica, em Tucano, no semiárido da Bahia. A Elecnor responde pelas obras civil e elétrica, fundação das turbinas, instalação de rede de média tensão, linha de transmissão e subestações, além dos sistemas auxiliares ao funcionamento da planta e suporte técnico. As turbinas instaladas estão entre as mais potentes do país.
Consagrada entre as três maiores empresas brasileiras do ramo da construção, a Elecnor anuncia que possui expectativas de aumentar os negócios no curto prazo, mas de forma equilibrada, tanto técnica quanto financeiramente, e em sintonia com os planos de ampliação racional da carteira. “A diversificação de atividades, mercados e clientes está no planejamento da companhia. A expansão que pretendemos segue uma velocidade adequada ao crescimento da nossa estrutura e cultura, de modo a ser feita de modo sustentável, sem comprometer a estrutura de todo o negócio”, conta Pablo Uribarri, CEO da filial brasileira do grupo. O executivo revela que está confiante na retomada da economia no país. “Acompanhamos a retomada neste ano e esperamos um crescimento importante no volume de investimentos em infraestrutura em 2023 e nos anos seguintes”, acrescenta.
O Brasil – onde cerca de 2,2 mil colaboradores estão distribuídos entre os vários canteiros de obras e o escritório da matriz, no Rio de Janeiro – é o segundo maior mercado da empresa depois a Espanha. No âmbito global, o desempenho no primeiro semestre do ano também foi considerado bom pelo mercado.
O resultado líquido, de 43 milhões de euros, refletiu lucro 16,5% maior que aquele registrado no mesmo período de 2021. Operações com parques eólicos no país natal – via seu braço de renováveis, Enerfin – contribuíram para o dinamismo dos negócios em conjunto com contratos de peso nos ramos de telecomunicações e água.
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Na América Latina, além das várias obras de geração e transmissão no Brasil, a empresa desenvolve a implantação de linhas de transmissão no Chile, o que vem contribuindo para as margens ótimas. Hoje, a maior parte da carteira de contratos – acima de 70% – envolve o mercado internacional. Construção de ferrovias, satélites e manutenção dos complexos energéticos também estão no rol de infraestruturas do grupo.
Signatária do pacto global da Organização das Nações Unidades (ONU) desde 2017, a Elecnor do Brasil mantém iniciativas nas regiões de atuação visando ao desenvolvimento local e em consonância com outros compromissos assumidos na esfera ESG, que resume os compromissos empresariais nas áreas ambiental, social e de governança. Embora atue em um setor onde a presença feminina é tradicionalmente pequena – menor do que 1%, pelos trabalhos braçais envolvidos, segundo dados de 2020 –, o grupo Elecnor afirma que 12,4% dos postos de trabalho no conjunto de suas unidades são ocupados por mulheres – mais de 60% delas atuam na área técnica, em cargos de gerência ou superiores.
Uma iniciativa importante da companhia na área social está acontecendo na comunidade quilombola Muratubinha, em Óbidos, no Pará. Ali, o inovador projeto H2OME, capitaneado pela Fundação Elecnor, desenvolve várias ações para fortalecer a infraestrutura comunitária, como a instalação de biblioteca, ambulatório médico, sistema de tratamento de água e conjunto de placas solares para a geração de energia limpa. Dezenas de famílias estão sendo beneficiadas.
Outra ação de impacto focaliza a educação e a inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho. É o Elevar (Programa Elecnor de Validação, Aprendizagem e Reciclagem), que oferece qualificação técnica para moradores das comunidades do entorno das operações da empresa, em parceria com as prefeituras municipais e entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Recentemente, no Pará, o programa formou 181 jovens em mecânica de refrigeração e climatização, pintura industrial, eletricidade predial, pré-montagem de estruturas metálicas e mecânica de máquinas pesadas. Dezenas de jovens de Tucano, na Bahia, também foram capacitados por este programa como técnicos eletricistas de ligação e corte e soldadores. A qualificação profissional oferecida é gratuita.
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