A Eurocâmaras, associação das câmaras de comércio e indústria dos países da União Europeia no Brasil, encaminhou ontem uma carta ao presidente Jair Bolsonaro expressando o apoio do empresariado europeu à reforma da Previdência. O recado dos empresários é direto: não é possível esperar muito para a aprovação da reforma, sob risco de se perder a janela de oportunidade política.
Para Philipp Schiemer e Sandrine Ferdane, respectivamente, presidente da Câmara Brasil-Alemanha e da Câmara França-Brasil, baixar a taxa básica de juros, sem que antes seja restabelecida a confiança através da reforma, não terá efeito significativo sobre a atividade. “Não podemos pular etapas”, afirma Sandrine. “É uma tentação, mas vimos que não funciona.”
A Eurocâmaras representa 5 mil empresas, que geram 1 milhão de empregos diretos. Schiemer, que também é presidente da Mercedes-Benz no Brasil e da entidade, destaca que a Europa, considerados os países em conjunto, é o maior parceiro comercial do Brasil, superando China e Estados Unidos. “Nos consideramos brasileiros e, como brasileiros, queremos que esse país cresça”, diz.
Sandrine, presidente do BNP Paribas, destaca que há entre o empresariado um sentimento de urgência. “Não pagamos funcionários com potencial, pagamos com a economia real, então temos essa visão de que precisa mudar agora. Porque, se não, você perde uma janela de oportunidade política de aprovar”, afirma.
Leia a matéria na integra