O aumento da escolaridade da população brasileira fez crescer a parcela de trabalhadores com mais anos de estudo no mercado de trabalho e elevou em 12% a renda média dos ocupados entre 2012 e 2018, segundo exercício feito pelo Banco Central (BC). O estudo foi publicado em um anexo do Boletim Regional do BC, divulgado na sexta-feira, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De 1992 a 2018, aumentou de 5,8 para 9,9 a média de anos de estudo da população ocupada no Brasil. Um dos efeitos desse movimento foi o crescimento da parcela de trabalhadores que têm pelo menos o ensino médio, enquanto a fatia dos que têm até o ensino fundamental completo caiu. Passou de 15% em 2012 para 20,1% em 2018 o percentual de trabalhadores na população ocupada com superior completo. O grupo com ensino médio aumentou de 35,6% para 39,3% do total, enquanto aquele com fundamental completo caiu de 17,2% para 14,7%. Já a parcela daqueles com fundamental incompleto saiu de 26,8% para 22,6%.
Para entender o impacto da maior escolaridade no rendimento médio da população ocupada, o BC fez um exercício em que simula qual seria a renda se nada tivesse mudado, ou seja, se a estrutura de escolaridade em 2018 fosse a mesma de 2012.
O BC concluiu que a diferença entre o rendimento observado e aquele resultante do exercício foi de 12%, o que “corrobora a relação entre ganhos de rendimento e maiores níveis de instrução”.
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