A Espanha tem chances reais de aumentar seu peso político no Parlamento Europeu após as eleições desta semana, sobretudo se conseguir que os candidatos do país desenvolvam uma estratégia nacional, não partidária, e consolidem alianças com outros eurodeputados do sul do continente, como de Portugal.
A análise foi feita em um estudo divulgado pelo Real Instituto Elcano, que avalia o papel da Espanha no Parlamento Europeu desde a entrada do país na União Europeia (UE) em 1986. A pesquisa inclui prognósticos sobre as próximas eleições regionais e dá uma série de recomendações para ampliar a influência espanhola em Bruxelas.
A própria conjuntura europeia, com o Brexit e um governo italiano crítico ao bloco, pode elevar a Espanha à condição de “aliada indispensável” para França e Alemanha, que desejam ampliar a integração entre os países que fazem parte da UE.
Ainda há chance, segundo Ilke Toygür, uma das autoras do estudo, de o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do atual presidente interino do governo da Espanha, Pedro Sánchez, ser o partido mais votado nas eleições europeias, superando o Partido Trabalhista do Reino Unido. Isso daria à legenda a chance de liderar a bancada social-democrata do Parlamento Europeu.
“Estão se preparando no PSOE para exercer esse papel, o de presidir o grupo social-democrata. Na última convenção do Partido Socialista Europeu, realizada em Madri, se via claramente esse desejo”, afirmou a pesquisadora do Real Instituto Elcano.
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