Comitê de Tecnologia | Cibersegurança: reflexões sobre ameaças após 18 meses de pandemia

O Comitê de Tecnologia da Câmara Espanhola recebeu no dia 31 de agosto o CISO do Santander Brasil, Álvaro Teófilo, para tratar sobre cibersegurança e formas de reduzir riscos em tempos de operações remotas.

Álvaro Teófilo iniciou comparando os temas de discussão dentro do setor entre 2020 e 2021, que em menos de um ano migrou de vazamento de dados para ransomware. Ele situou os ouvintes passando dados do cenário atual, chamando a atenção para a degradação da resiliência operacional do mercado, no qual cresce exponencialmente os cenários de riscos, enquanto as grandes empresas se mostram incapazes de realizar a segurança que deveriam.

Os riscos tecnológicos viraram o centro das atenções do mundo e, segundo pesquisa do World Economic Forum, o que mais preocupa os líderes das organizações governamentais são os temas de cibersegurança. O CISO do Santander também destacou os temas que chegarão em breve na pauta das empresas, como os riscos de comportamento inadequado em algoritmos de inteligência artificial.

O tema de cibersegurança se tornou extremamente complexo no decorrer dos anos. O especialista tratou sobre os tópicos atuais que trazem mais preocupação com o “protagonismo” do crime organizado, roubo e fraude de identidade digital, insider threat, democratização da tecnologia, novos riscos das tecnologias emergentes, vazamento de informação, e ataques direcionados ao sequestro de dados.

“Diferente de outros grupos de atores que atuam no mercado contra a nossa organização, os ataques de ransomware são transnacionais, eles vêm de países e grupos que estão fora do Brasil e são super organizados, com muito dinheiro disponível, capacidade técnica absurda e sangue frio”, comenta Teófilo.

O palestrante usou dados para ilustrar as possibilidades de entrada de Ransomware nas empresas, como por exemplo a pesquisa da Sophos “The state of ransomware 2020”. Ele também comentou sobre os grupos de atividade ou disciplina que são importantes no tema de proteção contra esse tipo de ataque, por exemplo, patch management, malware detection, attack surface, web security, removable media, web navigation, 3rd parties, data backup, disaster recovery e remote access.

Outros temas como proteção de dados e vazamento de informações, CIS controls, ciber x terceirizações e skills técnicos, também foram discutidos durante a reunião. Álvaro finalizou sua apresentação destacando que nem todo conhecimento técnico em segurança precisa ser desenvolvido dentro da organização, “Para algumas ações isso é óbvio, você não vai desenvolver um antivírus, mas existem determinados pedaços da operação que hoje é senso comum no mercado que você não tenha que desenvolver inteira. […] A experiência acumulada em empresas especialistas em várias indústrias traz uma vantagem e um conhecimento contínuo e rico que você não vai construir sozinho”.

Álvaro Teófilo disponibilizou sua apresentação e dados para os membros do Comitê de Tecnologia, caso não tenha recebido, entre em contato com o departamento da Câmara Espanhola ou acesse o grupo de discussão do Comitê.