Comunicação Sustentável | Como o ESG influencia o marketing e a comunicação corporativa?
Em novembro de 2021, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) reuniu líderes mundiais, organizações e empresas numa discussão sobre os impactos ambientais e a urgência na proposição de metas sustentáveis. Com o objetivo de fomentar a discussão entre os sócios da Câmara Espanhola, o Comitê de Comunicação e Marketing pautou o papel do setor nas ações sustentáveis das instituições privadas, visando um mercado com propostas de responsabilidade socioambiental.
O encontro, moderado por Andrea Vialli, jornalista do Valor Econômico e Folha de São Paulo, se inicia com a fala de Joanes Ribas, Executiva de Sustentabilidade da Vivo. Referência na área de telecomunicações, a empresa atende cerca de 97 milhões de clientes em 4,7 mil cidades ao redor do país, dimensão capaz de promover ações sustentáveis de grande impacto, sendo esta a primeira empresa na América Latina com atuação 100% de energia renovável e carbono neutro.
Dentre os pilares de atuação da empresa, Joanes aponta a transparência, diversidade e o desenvolvimento de uma cadeia sustentável, “nortes” materializados em ações como a “Recicle com a Vivo”, campanha que espalhou pontos de coleta de materiais eletrônicos em lojas físicas da empresa. Como resultado, 7.6 toneladas de material foi recolhido em 2020 com destinação às indústrias em um modelo circular de produção.
Os resultados, como ressalta a executiva, não existiriam sem o compromisso da letra ‘G’ da sigla ESG, que representa a governança da companhia. Durante o Acordo de Paris, em 2015, o grupo iniciou a elaboração de metas sustentáveis e, em 2018, conseguiu antecipar em até 12 anos tais objetivos, tornando- se uma empresa com consumo de energia 100% renovável. “As metas devem ser tangíveis, públicas e a sociedade deve olhar e cobrar para que estejam em curso”, conclui Joanes.
Paulo Pianez, Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig, representou a empresa na COP26, ocasião que contou com a presença massiva de CEOs interessados em apresentar as metas individuais e ouvir os acordos entre países. Em consonância com as pautas da conferência, a empresa atua sob a certeza de que “é totalmente possível conciliar produção com conservação”, segundo o diretor.
A Marfrig atua hoje como segunda maior empresa de proteína bovina do planeta, gerando mais de 30mil empregos, números expressivos para o setor pecuarista, que hoje garante 10% do PIB brasileiro. Tão grande quanto a importância é a complexidade do setor: a atuação da pecuária hoje é desenvolvida principalmente nos biomas Cerrado e Amazônia, áreas importantes para conservação climática e da biodiversidade.
Na região, 83% da atuação opera em termos de agricultura ou agropecuária familiar, registro que indica que apenas 7% da produção é feita com uso correto do solo, seja pela falta de conhecimento ou recursos, complementado pelo dado de que somente 4% da população envolvida teve acesso à universidade.
Pensar na agropecuária brasileira requer uma leitura cuidadosa dos aspectos sociais e ambientais para que a estratégia seja condizente com a realidade. Para que isso se torne possível, Paulo reforça a fala de Joanes ao mencionar que não existe ESG se a governança não tiver a relevância que deve ter: “Nenhuma empresa consegue fazer com que sua estratégia de sustentabilidade prevaleça se ela não tiver uma governança que faça frente a estes desafios que são monumentais”.
A empresa conta com Comitês responsáveis por olhar, revisar e deliberar estratégias, formado por altos executivos da companhia junto a especialistas em sustentabilidade. Sob os pilares da governança, surgem preocupações com o uso de recursos naturais, aquisição de matéria-prima, bem-estar animal e gerenciamento de resíduos no pós-produção, além da garantia de qualidade de vida das comunidades ao entorno dos locais de produção.
“Comunicar tem como pressuposto bastante robustez naquilo que você faz”, concluí Paulo, ao apresentar as metas de rastreabilidade da cadeia e redução nas emissões da companhia, já em curso. Para ele, a transparência e acompanhamento dos indicadores de evolução pela sociedade são fatores essenciais no desempenho positivo das ações sustentáveis de uma empresa.
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18/11/2021
09:00 às 09:45
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COMITÊ REALIZADOR
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Co-líder: Claudia Shishido - Sales and Marketing Manager Brazil na Air Europa
Objetivo do comitê: Abordar a Comunicação dentro da instituição, seja para o público interno e externo, de forma responsável, clara e sustentável, visando o fortalecimento reputacional de cada empresa sócia. Promover um espaço de debate, formação e relacionamento para que os profissionais possam desenvolver um senso crítico e amplo referente à sua atuação."
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