IV Seminário de Importação e Exportação
A Câmara realizou, no dia 7 de julho, a quarta edição do tradicional Seminário de Importação e Exportação, idealizado pelo Comitê de Comércio Exterior e Logística. O evento contou com a presença de órgãos especializados na área de Logística e Comércio Exterior para falar sobre o panorama econômico, as mudanças regulatórias e os desafios do setor.
O seminário foi dividido em dois blocos. O primeiro teve como objetivo tratar sobre as adaptações adotadas pela ANVISA durante a pandemia, e as perspectivas econômicas. O primeiro painel contou com a moderação do líder do comitê, Andrés Jaramillo, manager BR – logistics da Bayer, e com a participação dos palestrantes Leonardo Dutra Rosa, chefe da assessoria de assuntos internacionais da ANVISA, e Jankiel Santos, economista do Banco Santander.
A Anvisa é uma das agências sanitárias de maior relevo e possui amplo escopo de atuação. O palestrante apresentou a instituição, que desde 2020 vem adotando diversas flexibilizações no âmbito de recepcionalidade regulatórias, com relação a preparação antisséptica, testes rápidos para covid-19, e mais tarde, com a importação de equipamento de proteção individual.
O chefe da assessoria de assuntos internacionais da ANVISA ainda relatou sobre a importante medida de flexibilização regulatória, em dezembro de 2020, quando a agência regulamentou a autorização temporária de uso emergencial para medicamentos e vacinas, que, embora fosse previsto na legislação brasileira, ainda não havia sido realizada.

“Graças à possibilidade da autorização de uso emergencial, em 17 de janeiro, nós concedemos as duas primeiras autorizações para uso emergencial para as vacinas da AstraZeneca e da CoronaVac”, pontuou Leonardo Dutra.
O economista do Banco Santander trouxe, na última parte do painel, uma explanação sobre o cenário e a atividade econômica no Brasil, e tratou sobre temas como política fiscal, taxa de câmbio, política monetária e o atual ambiente econômico internacional. O painelista pontuou que o atual momento conta com alguns pontos positivos para o Brasil, com recursos à disposição, intenção dos investidores em buscar ativos de risco, além da alta demanda por produtos produzidos no país.

“Temos um ambiente de preços de commodities extremamente elevado, o Brasil é um grande produtor e exportador de commodities e isso nos favorece do ponto de vista de geração de divisas. O que quer dizer que existe demanda”, comentou o economista.
O time de analistas econômicos do Banco Santander prevê um crescimento de 5% para o país em 2021, uma taxa de juros que pode chegar a 7% e um crescimento de médio prazo de até 2% nos próximos anos. “A gente tem uma situação de dinâmica de endividamento que precisa ser tratada. Isso é o que tem gerado a discrepância entre o comportamento do real e o comportamento das demais moedas”, observou. O palestrante concluiu frisando a importância de uma sinalização contundente do controle de gastos e de endereçamento da dívida pública, para que a taxa de câmbio não permaneça descolada das demais.
O segundo painel contou com a moderação de Diogo Rodrigues Pinto, da Columbia Trading, e com os palestrantes, Rejane Matias Caldas, auditora fiscal federal agropecuária no Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional – VIGIAGRO, e Jorge Freitas, diretor corporativo da Craft Group.
Rejane iniciou explicando a atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como por exemplo, a proteção de entrada e disseminação de pragas no setor agropecuário, certificação das exportações, insumos pecuários e agrícolas e a inspeção animal e vegetal, para finalizar sua fala dissertando sobre as adaptabilidades sofridas durante a pandemia.

“Como principais medidas nessa conjuntura da covid-19, podemos citar que tivemos alguns avanços, como a eliminação total do papel e evitamos ao máximo a ida dos solicitantes de autorização de importação e exportação e representantes legais até nossa unidade”, destacou a auditora fiscal. Rejane ainda apontou outras mudanças, como a apresentação de forma virtual dos documentos exigidos em legislação, por meio de dossiê no Portal Único de Comércio Exterior e no Confere-Agro, que possibilitou utilizar um número maior de terminais alfandegários.
A conclusão do evento ficou a cargo do diretor corporativo da Craft Group, Jorge Freitas, que iniciou sua fala explicando a ligação direta entre o crescimento do volume de contêineres movimentados no mundo frente ao crescimento do PIB e uma linha histórica que contribui para o cenário atual.

Segundo Freitas, no mundo, atualmente, existem em operação aproximadamente 6 mil navios de carga e, em 2020, o mercado de fretamento de navios alcançou o seu recorde máximo com a alta demanda. Jorge afirma que neste momento não existem navios disponíveis no mercado mundial. “Hoje temos um cenário com reduzidas alianças operacionais, menos opções. Estamos chegando em um ponto que uma vez que a demanda está tão pesada no mundo inteiro, se você colocar um navio em qualquer lugar do mundo, esse navio vai sair cheio”, comentou o mesmo.
O painelista finalizou sua apresentação comentando sobre o congestionamento nos portos, ferrovias e infraestrutura terrestre. Com um cenário de oferta maior que a demanda, naturalmente se cria uma cadeia de suprimentos mais cara e que contribui com as elevações no valor de fretes, o que segundo Freitas, alcançaram elevados patamares, que anteriormente seriam impensáveis.
O evento está gravado e disponível no canal do youtube da Câmara Espanhola.
Acesse as apresentações dos palestrantes abaixo:
Zoom Zoom
07/07/2021
09:00 às 11:00
Remoto
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COMITÊ REALIZADOR
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Co-líder: José Luis Nogueira Carniado, Director da ABANCA Brasil
Objetivo do comitê: Fomentar o fluxo comercial entre Espanha e Brasil;
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Exterior e Logística. Promover um espaço de debate, formação e relacionamento para que os profissionais possam desenvolver um senso crítico e amplo referente à sua atuação "
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