A Câmara Espanhola em parceria com o Banco Santander promoveu o tradicional encontro de Projeções econômicas no dia 14 de agosto, de forma virtual esse ano e com o objetivo de debater sobre os impactos econômicos e políticos sofridos pela Covid-19 no Brasil.

A pandemia afetou a economia mundial e Ana Paula Vescovi, Economista Chefe do Banco Santander iniciou sua apresentação apontando as diferenças do comportamento da pandemia no Brasil que foram responsáveis por gerarem uma crise sanitária mais longa no país e na América Latina. Ana Paula destacou que a crise sanitária vai se restringir apenas a 2020, já que se acredita que as vacinas serão bem sucedidas e distribuídas em larga escala no início de 2021, porém a crise econômica terá os seus desdobramentos.

Com expectativas estabilizadas em termos de queda acentuada das grandes economias globais, se projeta que a economia americana cai em torno de 5%, a europeia mais próximo de 10%, Japão em torno de 5% e a China não cai, mas tem um crescimento menor. “É Uma crise de grandes proporções que atinge todos os países e uma crise sincronizada e com uma resposta sincronizada também”, alerta a Economista Chefe do Banco Santander.

Ana Vescovi também destacou a importância nos ajustes fiscais para o Brasil voltar a crescer e salientou os pontos animadores como o avanço na agenda regulatória que foi de suma importância para o setor elétrico, para o setor de óleo e gás, a aprovação de uma nova lei de telecomunicação que viabiliza o leilão do 5G, a aprovação da lei do saneamento, a aprovação da lei do gás e as atuais privatizações. São medidas importantes e que criam um cenário favorável para as oportunidades de investimento nesses setores.

“O Brasil tem muito a fazer no setor de infraestrutura, mas se não cuidar das contas públicas, isso será ofuscado”, finalizou a economista.

A Tendências Consultoria projeta uma queda do PIB brasileiro de 7,3% e o Dr. Maílson da Nóbrega, Sócio da Tendências Consultoria e ex-Ministro da Fazenda, disse que, “a recuperação econômica está correndo a um ritmo melhor do que se imaginava”.

O ex-ministro ainda pontuou outras duas boas notícias como a atual retração das projeções de queda do PIB na pesquisa Focus, que vem ocorrendo a cinco semanas consecutivas e a inédita taxa de 2% da Selic, que será um fator determinante para a recuperação nos próximos meses.

Sobre as pressões para uma eliminação ou flexibilização do teto de gastos, ambos palestrantes destacaram que o cumprimento até 2022 só será garantido por meio de quatro medidas, Estabilidade real do salário mínimo; Estabilidade nominal do salário dos servidores públicos; Congelamento de novas contratações públicas; Suspender a criação de novos gastos obrigatórios. É importante que o governo aprove novas medidas que reduzam os gastos obrigatórios para que o teto se sustente até 2023.

“O teto de gastos se tornou a âncora fiscal do Brasil”, destacou o Dr. Maílson da Nóbrega.

Acesse a apresentações:

Ana Paula Vescovi;

Maílson da Nóbrega.

Assista ao evento novamente:

14/08/2020 - Projeções Econômicas: Impactos da Crise e Perspectiva de Retomada

 

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14/08/2020
11:00 às 13:00

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