Reunião Comitê de Comércio Exterior e Logística | Bate-papo com Bayer

As reuniões de Comitês são exclusivas para sócios da Câmara Espanhola.

No dia 13 de abril, o Comitê de Comércio Exterior e Logística da Câmara Espanhola se reuniu para a primeira reunião do ano. O evento online teve a apresentação dos novos líderes o presidente Andrés Jaramillo, manager BR logistics da Bayer, e o vice-presidente Daniel Tavares, head Comercial e Inovação da Columbia Trading, bem como a palestra de Ana Amélia Triches, coordenadora de licenciamento de biotecnologia de soja da Bayer Crop Science.

Jaramillo e Tavares assumem a liderança do comitê com grandes planos. Segundo o executivo da Bayer, o objetivo estabelecido pelo presidente e vice-presidente é trazer troca de experiências e conversas sobre temas práticos. “Queremos estimular sinergia e cross-pollination entre os membros do grupo, principalmente entre os representantes de grandes e pequenas empresas, estimulando modelos de inovação para o setor”, explicou o diretor da Bayer.

Tavares complementa a ideia de Andrés Jaramillo, apontando que inovação nem sempre é disrupção. “Inovação também é processo de melhoria. O importante é mapear as dores em comum das empresas para seguir uma linha lógica e resolver problemas com as expertises de quem está no comitê”.

Um exemplo de como a inovação será o tema principal das reuniões mediadas pelos novos líderes foi a palestra de Ana Amélia Triches. A engenheira agrônoma falou sobre o modelo de licenciamento da tecnologia de soja transgênica da Bayer Crop Science, produto responsável por 40% do faturamento do braço brasileiro da empresa, em um mercado em que 99% das sementes são geneticamente alteradas.

Ana Amélia explicou que a tecnologia Intacta, cuja aplicação resulta em soja resistente a pragas, tem 80% de penetração nas safras da commodity no país, sendo que a Bayer ganha royalties em quatro etapas de utilização das sementes – produção, venda, reutilização e ponto de recebimento. A cobrança do uso da tecnologia é realizada por meio de um sistema chamado ITS e exige também auditoria para evitar pirataria.

“O mercado já está acostumado com o modelo de negócios que a Bayer Crop Science aplica à cobrança de royalties”, completou a engenheira agrônoma. “Em anos de desvalorização da moeda nacional, nossa tecnologia é inclusive mais vantajosa economicamente para os agricultores, já que os inseticidas químicos são cotados em dólar”.

Ao final do evento, Jaramillo concluiu que a palestra de Ana Amélia Triches mostra uma inovação em um setor extremamente tradicional, que é a agricultura. “A Bayer usa a infraestrutura do concorrente e do mercado para arrecadar valores do uso de sua tecnologia e isso é muito disruptivo para esse segmento”.

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