O Brasil exportará em 2019 muito mais carnes de frango e de suínos do que o projetado inicialmente, com a indústria passando a contabilizar os efeitos de uma maior demanda da China pelos produtos brasileiros, avaliou nesta quarta-feira (8) a ABPA, associação que representa o setor. A entidade também vê uma recuperação do setor em meio a menores custos com matérias-primas.
Isso ocorre enquanto o país asiático lida com problema de oferta ao ver suas criações atingidas pela peste suína africana, que tem atingido diversas regiões produtoras da China, maior consumidor mundial do produto.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, o Brasil deverá aumentar as exportações de carne suína em mais de 20% em 2019 ante 2018, principalmente com a maior demanda da China.
“O fato novo foi que a China vinha em ritmo crescente, mas nunca explosivo como este ano, ela passou a ter um risco de desabastecimento”, disse Turra, comentando sobre os fortes abates em função da peste no país asiático, que passam a influenciar mais os mercados na medida em que os estoques do produto diminuem.
A expectativa inicial da ABPA, divulgada no fim do ano passado ainda sem contar com o efeito “peste suína”, era de um aumento de até 3% nos embarques de carne suína — o produto não está entre aqueles dos quais o Brasil é o exportador número 1, mas o país está entre os maiores fornecedores globais.
Leia a matéria na integra