Exportações de milho chegam a 40 milhões de toneladas em 12 meses

Fonte: Folha de S. Paulo Publicado em

O milho se mantém como o grande destaque da balança comercial do agronegócio brasileiro neste ano.

As exportações de janeiro a setembro somaram 29,2 milhões de toneladas, 132% mais do que em igual período de 2018.

O acumulado dos últimos 12 meses indica que o país colocou 40 milhões de toneladas do cereal para fora de suas fronteiras. Esse volume jamais foi atingido antes.

As receitas também são destaque. Ao atingirem US$ 5,1 bilhões de janeiro a setembro, superaram em 143% as do ano passado.

Ao registrar esse volume financeiro, o milho sai da sexta posição da balança do agronegócio nos nove primeiros meses de 2018 para a segunda neste ano, considerando apenas os alimentos.

As exportações estão tão aceleradas que o cereal deixa para trás carnes de frango e de boi, café e farelo de soja. As vendas externas de milho, que já são recordes, deverão atingir, em 2019, um patamar nunca registrado antes pelo país.

As vendas externas do cereal ajudam a compensar as de soja, que estão em ritmo menor neste ano. A Secex aponta a saída de 57 milhões de toneladas da oleaginosa de janeiro a setembro, 18% menos do que em 2018.

Além da queda no volume, os preços menores da oleaginosa no mercado externo provocam redução ainda maior nas receitas obtidas pelo Brasil. As exportações deste ano caíram para US$ 21,5 bilhões, abaixo dos US$ 28 bilhões de igual período de 2018.

As vendas externas de milho se intensificam porque a produção nacional será recorde, próxima de 100 milhões de toneladas.

Além disso, os exportadores brasileiros ocuparam parte de um espaço deixado pelos norte-americanos que, prevendo queda de safra nos Estados Unidos, retardaram suas vendas.

Já a soja, mesmo com a continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China, não repete o bom patamar de 2018.

A China, principal consumidora mundial, tem bons estoques, após a intensa compra no Brasil em 2018. A redução do rebanho de suínos, devido à peste suína africana, também afeta o consumo, reduzindo a demanda pela oleaginosa.

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