A inflação medida pelo IPCA em 2019 não deve extrapolar a meta estabelecida pelo governo, de 4,25%. A projeção é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que publicou nesta quinta-feira (23) nova edição da Carta de Conjuntura. Segundo o texto, nos últimos 12 meses, a inflação foi de 4,08%.
Apesar de manter-se na meta, o documento assinala preocupação com impacto do aumento de preço dos alimentos e com custo dos combustíveis. “O comportamento dos preços dos alimentos, que acumulam alta de 9,1% nos últimos 12 meses, encerrados em abril, foi o principal determinante da revisão de 3,85% (divulgado em março na Carta de Conjuntura) para 4,08% da projeção para o IPCA de 2019”.
O aumento do preço dos alimentos preocupa os economistas impacta mais as classes com menor poder aquisitivo. “São alimentos de subsistência, muito importantes para o consumo da população”, aponta a economista Maria Andréia Parente Lameiras, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
“A população mais pobre é que está mais sofrendo com desemprego, menos escolarizada, que está há mais tempo procurando trabalho. Ainda são a faixa que tem a inflação maior e tem poder aquisitivo mais corroído. Assim, a situação fica pior ainda”, disse a especialista
Segundo ela, a alta inflação dos preços dos alimentos – em especial, o feijão, a batata e o tomate – foi causada por diminuição da oferta em razão do regime de chuva de março e abril.
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