InSab | O burnout e os riscos para a sua saúde: como o esgotamento emocional afeta a sua relação com a família e o trabalho

Fonte: *Cris Zanata - CEO e Fundadora do InsAB Publicado em

*Cris Zanata

Sabe a sensação de escutar o despertador e achar que acabou de deitar, que o relógio está errado e sua única vontade é de continuar na cama?

Nos dias de hoje essa cena é mais comum do que imagina, pois os índices de esgotamento emocional “burnout” estão aumentando cada vez mais e as mulheres são as que mais sofrem com esta síndrome, pois as tarefas aumentam e não sobra energia e vontade para focar no que realmente desejam fazer.

O relatório da Mckinsey* de 2021 trouxe um dado muito preocupante em sua pesquisa realizada com 65.000 trabalhadores em 423 organizações: um terço das mulheres disse que estava considerando reduzir sua carreira ou abandonar o mercado de trabalho por completo.

Segundo a pesquisa esse número saltou quase 10 pontos percentuais desde o início da pandemia, pois as mulheres são mais propensas a relatar o burnout do que os homens.

O que é o burnout?

O burnout é o estresse crônico específico relacionado ao trabalho. É a exaustão emocional e física que leva à insatisfação das atividades profissionais e à perda da felicidade pessoal.

O esgotamento emocional traz consequências graves para a saúde mental e física, pois reduz a energia, a motivação, o foco, a concentração, o ânimo, a libido, entre outras coisas.

Esses sintomas atrapalham a sua determinação e contribuem para que desista de seguir em frente com seus projetos pessoais e/ou profissionais.

Isso é tão sério que desde de 1º de janeiro de 2022, o “burnout” foi reconhecido como doença do trabalho pela OMS e passou a fazer parte da lista desta organização (CID-11). Agora as empresas são responsáveis pelo esgotamento emocional de seus colaboradores.

Causas do burnout?

Há muitas coisas que podem levar ao esgotamento do trabalho, mas existem fatores comuns que podem ser identificados:

– Não ser capaz de tomar decisões sobre sua agenda ou carga de trabalho;
– Estar inseguro(a) sobre as expectativas dos outros membros da equipe ou superiores;
– Uma cultura de trabalho ruim em que você não se identifica com a atitude e a moral das pessoas ao seu redor;
– Falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal;
– Engajamento excessivo com o trabalho e não perceber o momento certo de dizer não.

Efeitos do burnout?

• Físico
– Fadiga;
– Maior probabilidade de doença cardíaca;
– Maior probabilidade de pressão alta;

• Saúde mental
– Irritabilidade;
– Ansiedade;
– Isolamento de amigos e familiares;
– Falta de foco;
– Insatisfação com tudo;
– Falta de vontade de fazer o trabalho.

O que fazer para prevenir?

– Priorize o autocuidado:
Adote bons hábitos de sono, nutrição, exercícios, conexão social e práticas que promovam o bem-estar. Uma simples caminhada em meio à natureza pode fazer uma grande diferença nesses momentos.

– Mude sua perspectiva:
• Quais aspectos da sua situação são fixos e quais você pode mudar?
• Existem maneiras de reformular seu trabalho para obter mais controle ou se concentrar nas tarefas mais gratificantes?
• É possível construir relacionamentos positivos e de apoio para neutralizar aqueles que esgotam?
• E se você estiver se sentindo ineficaz, que assistência ou desenvolvimento você pode procurar?
• Se o reconhecimento estiver faltando, você poderia conversar com alguém sobre isso?

– Reduza a exposição a estressores do trabalho
Redefina as expectativas de colegas, clientes e até familiares sobre as responsabilidades e tarefas que está disposto(a) a assumir, bem como as regras básicas para trabalhar em conjunto.

– Trabalhe o alterismo e a Cultura da Generosidade em você e na empresa
Aprender a dizer não sem se sentir culpada(o) é transformador e essencial para garantir um ambiente saudável. A cultura da generosidade é capaz de criar um ambiente leve, harmonioso e ao mesmo tempo produtivo, permitindo que as pessoas perguntem e solicitem ajuda.

Lembre-se que ser generoso(a) não é fazer tudo pelo outro e sim entender que todos temos limites que precisam e devem ser respeitados para que a sua contribuição no trabalho não coloque a sua saúde em risco.

– Busque conexões.
• O melhor antídoto para o esgotamento é buscar interações interpessoais ricas e desenvolvimento pessoal e profissional contínuo.
• Encontre mentores e grupos que possam ajudá-la(o) a identificar e ativar relacionamentos positivos e oportunidades de aprendizado.

Como pode perceber o caminho para evitar o esgotamento físico existe e o primeiro passo para quebrar esse círculo vicioso e negativo é voltar a acreditar em você e focar nas atividades que fazem você sorrir.

O InsAB dispõe de uma série de ferramentas e uma agenda focada em auxiliar as empresas a transformarem ambientes tóxicos, que desencadeiam o burnout, em ambientes saudáveis e mais produtivos.

*McKinsey & Company – empresa global de consultoria de gestão