Máquina usa aprendizagem automática para identificar vegetal em plantação

Fonte: Correio Braziliense Publicado em

Máquinas para a colheita fazem parte da realidade da agricultura há muitos anos. Mas há algumas plantações que não se encaixam nas soluções disponíveis. Eis um campo a ser explorado pela robótica, segundo engenheiros da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Eles desenvolveram um robô capaz de identificar e colher esse tipo de vegetal em culturas agrícolas. Os primeiros testes ocorreram com alfaces e tiveram resultados animadores.

Segundo os criadores, o protótipo, chamado Vegebot, pode não ser tão rápido e eficiente quanto um trabalhador humano, mas demonstra como o uso da robótica na agricultura pode ser expandido. “Queríamos desenvolver abordagens que não fossem, necessariamente, específicas da alface-americana para que elas possam ser usadas em outros tipos de culturas”, diz Fumiya Iida, líder da pesquisa, detalhada na última edição do Journal of Field Robotic.

O robô utiliza aprendizado de máquina — uma área da ciência da computação que estuda meios para que as máquinas desempenhem tarefas antes executadas por pessoas — e foi treinado, inicialmente, para reconhecer e colher alface em laboratório. Depois, a equipe o testou em uma variedade de condições de campo.

Os cientistas utilizaram como teste inicial a alface-americana pela incompatibilidade completa com as soluções disponíveis. “No momento, a colheita é a única parte do ciclo de vida da alface que é feita manualmente e é muito exigente fisicamente”, diz Julia Cai, coautora do estudo. Além disso, o vegetal é facilmente danificado e cresce de forma plana em relação ao solo, o que dificulta ainda mais o trabalho do robô colheitadeira.

Diante das dificuldades iniciais, a equipe ficou animada com o resultado obtido. “Cada campo é diferente, cada alface é diferente. Mas se pudermos fazer uma colheitadeira robótica trabalhar com alface-americana, poderemos também fazer com que ela trabalhe com muitas outras culturas”, afirma Simon Birrell, pesquisador do Departamento de Engenharia da Universidade de Cambridge e coautor do estudo.

 

Leia a matéria na integra

Talvez você gostaria de ler também

\

Anvisa vai reavaliar agrotóxicos que podem ter venda cancelada

A Anvisa prepara uma lista de agrotóxicos que deverão ser reavaliados e que podem ter a venda restrita ou até mesmo cancelada no país. Segundo o órgão, é a primeira vez que a reanálise será baseada em critérios técnicos e de risco. Até então, produtos submetidos a novos estudos que checam possíveis riscos à saúde[…]

Saiba mais

Embrapa: Sustentabilidade será moeda de troca do agronegócio

O Brasil precisa cada vez mais captar valor sobre a sustentabilidade dos produtos e serviços agropecuários produzidos no próprio país, defende o diretor de Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Cleber Soares. “A sustentabilidade será cada vez a mais moeda de troca do agronegócio brasileiro”, afirmou. O dirigente detalhou as estratégias de atuação[…]

Saiba mais

Exportações do agronegócio crescem 0,2% no quadrimestre e somam US$ 30,42 bilhões

Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações do agronegócio somam US$ 30,42 bilhões, em alta de 0,2% em relação aos US$ 30,35 bilhões exportados no mesmo período de 2018. A oscilação positiva ocorreu em função da elevação do índice de quantum das exportações, que subiu 5,9%, enquanto o índice de preço cedeu 5,4%. Os[…]

Saiba mais

Agrishow 2019: Santander, Bayer e Ingeteam são expositoras na feira

Nosso diretor executivo Alejandro Gomez, foi prestigiar nossos associados, Santander, Bayer e Ingeteam na Agrishow a maior feira de Tecnologia agrícola do Brasil. A Bayer apresentou as novidades da sua plataforma de agricultura digital e tecnologias para milho, proteção do cultivo e hortaliças. A Ingeteam apresentou a “We Brazil Energy” uma Distribuidora de Materiais Fotovoltaicos.[…]

Saiba mais