Mercosul-Coreia do Sul: acordo tem semana de negociação e poderá ser assinado no 1º semestre de 2020

Fonte: Comex do Brasil Posted on

Represententes dos países do Mercosul e da Coreia do Sul estarão reunidos a partir desta segunda feira(30) até a sexta-feira (4 de outubro) na cidade sul-coreana de Busan durante a IV Rodada de Negociações do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Coreia do Sul. Segundo declarações recentes do embaixador sul-coreano em Brasília, Chan Woo Kin, “as conversas estão indo muito bem” e as negociações poderão ser concluídas no meio do próximo ano.

O embaixador disse acreditar que o acordo vai encorajar a cooperação entre o Mercosul e a Coreia do Sul nos campos da indústria, do comércio e da cooperação econômica. O diplomara sul-coreano mostrou-se igualmente confiante em que o acordo a ser assinado contribuirá para a realização de novos investimentos do país asiático no Brasil.

A expectativa no governo brasileiro é de que com a assinatura do acordo poderá haver um aumento significativo no fluxo de comércio entre o Brasil e a Coreia do Sul. Para que isto aconteça terá que haver uma forte mudança nas tendências registradas no comércio bilateral até o mês de agosto.

Do lado das exportações brasileiras foi registrada uma queda de 3,2% e as vendas para os sul-coreanos somaram US$ 2,123 bilhões, correspondentes a 1,48% do volume total exportado pelo Brasil. No tocante às exportações sul-coreanas, a queda foi bem mais expressiva (13,94%) e o total exportado para o Brasil somou US$ 3,274 bilhões. Com esses números, a Coreia do Sul foi o décimo-primeiro país de destino das exportações brasileiras e o quinto maior fornecedor mundial de produtos ao Brasil.

Faltando a divulgação dos dados relativos ao mês de setembro e sem as trocas bilaterais no último trimestre do ano, são praticamente nulas as possibliidades de o comércio brasileiro-sul-coreano repetir os números alcançados em 2018. No ano passado, as exportações brasileiras, que cresceram 11,76% comparativamente com 2017 e somaram US$ 3,439 bilhões, enquanto os embarques sul-coreanos totalizaram US$ 5,380 blhões, graças a uma forte alta de 23,69%.

A exemplo do que fizeram nas três rodadas já realizadas, os representantes do governo brasileiro presentes ao encontro desta semana em Busan vão insistir na necessidade de que o documento a ser firmado possibilite uma expressiva diversificação da pauta exportadora brasileira para os sul-coreanos, hoje bastante concentradas nos produtos básicos, de menor valor agregado. Os negociadores brasileiros vão reiterar a importância da abertura de espaços para a colocação de produtos industrializados brasileiros no mercado do país asiático.

De janeiro a agosto, os produtos básicos responderam por 70% do volume total exportado para a Coreia do Sul, no montante de US$ 1,5 bilhão. As vendas de bens seminanufaturados somaram US$ 315 milhões (14,8% do total embarcado) enquanto os produtos industrializados ficaram com uma pequena fatia de 14,4% e uma receita de US$ 306 milhões.

Os cinco principais produtos exportados para a Coreia do Sul foram itens da categoria básicos: minério de ferro (US$ 390 milhões), farelo de soja (US$ 365 milhões), milho em grãos (US$ 287 milhões), carne de frango (US$ 149 milhões) e etanol (US$ 114 milhões).

Em contrapartida, a Coreia do Sul exportou para o Brasil produtos industrializados em sua quase totalidade (99,3% do total embarcado), no valor de US$ 3,25 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Nesse período, os principais produtos exportados pelos sul-coreanos foram circuitos integrados e microconjuntos elétricos (US$ 829 milhões), partes e peças para veículos e tratores (US$ 297 milhões), motores para veículos (US$ 139 milhoes), partes de aparelhos transmissores ou receptores (US$ 126 milhões) e polímeros de etileno (US$ 98 milões).

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