Museu na Espanha “atualiza” pinturas clássicas ao incorporar as mudanças do clima

Fonte: Época Negócios Publicado em

Madri, na Espanha, é sede da 25ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-25). No encontro, líderes de diferentes partes do planeta estão reunidos para discutir ações capazes de remediar os efeitos das mudanças climáticas. Por isso, o Museu Del Prado, um dos principais da Espanha, decidiu se unir a organização socioambiental WWF alertar os chefes de estado presentes à COP-25.

Juntas, as organizações decidiram “revisar” algumas das principais pinturas. No quadro Felipe IV a Caballo, de Diego Velázquez, por exemplo, o retrato do rei espanhol ganha tons de distopia, sendo totalmente dominado pelo mar – em menção à elevação do nível dos oceanos. O quadro The Parasol, de Francisco de Goya, troca um bucólico cenário por um ambiente trágico e repleto de miséria.

A ação, intitulada de “+1,5ºC Lo Cambia Todo” (+1,5ºC muda tudo, em tradução livre), busca chamar atenção dos governos em relação ao aumento da temperatura global. Além das dois quadros, mais duas peças foram “revisadas”, tratando de temas como extinção de espécies, impacto da seca e até mesmo sobre a questão dos refugiados.

As quatro imagens serão apresentadas em quadros espalhados pelo centro de Madri, como também em uma campanha digital guiada pela hashtag #LoCambiaTodo. “Para o museu, esse projeto representa uma oportunidade de colocar a arte e o seu valor como prestadora de serviços para a sociedade”, disse Javier Solana, presidente do conselho do Museu Del Prado

Juan Carlos del Olmo, secretário-geral da WWF na Espanha, afirma que o COP-25 é uma oportunidade para atrair a atenção do público: “Queremos usar a arte e o seu potencial para levar uma mensagem ao mundo”.

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