Desenvolvimento sustentável, de Belém rumo a Europa

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Por: Marcos Madureira

Desde os anos 1990, as comunidades empresariais brasileira, argentina, paraguaia, uruguaia e europeia aguardam, ansiosamente, o fim das negociações do Tratado de Livre Comércio Mercosul e União Europeia, que tem um potencial de liberalização comercial de mais de 90 bilhões de dólares, envolvendo 25% da economia mundial e um mercado consumidor de 780 milhões de pessoas. Finalmente assinado em junho de 2019, o acordo está em fase de ratificação para entrar em vigor e tornar simétricos temas como marcos regulatórios, regras sanitárias, propriedade intelectual, compras públicas e tarifas alfandegárias.

As leis comunitárias europeias exigem que o documento diplomático tenha suas cláusulas de teor econômico aprovadas pelo Parlamento Europeu, mas os termos de conteúdo político devem ser analisados pelos corpos legislativos de cada um dos 27 Estados membros.  Com Casas Legislativas onde há densa discussão de temas progressistas, como as mudanças climáticas, a aprovação do acordo esbarra na preocupação com o desmatamento na Amazônia, principalmente no que trata sobre a produção agropecuária de exportação em áreas devastadas.

Entretanto, sabemos que a produção econômica da Amazônia Legal tem possibilidades além do comércio exterior de commodities, apresentando atividades que têm a sustentabilidade e a preservação da floresta em seu cerne. Incentivadas pelos governos estaduais, com a colaboração de organizações não-governamentais, centros de pesquisa e companhias privadas, empresas de todos os portes se dedicam ao desenvolvimento local focadas em alternativas de preservação do meio ambiente e aproveitamento inteligente de seus recursos.

A Eurocâmaras, organização mais representativa do empresariado europeu – que conta com mais de cinco mil organizações no Brasil -, assumiu a responsabilidade de organizar um evento que apresente as inúmeras possibilidades de investimentos e atividades economicamente sustentáveis na região amazônica para as empresas europeias. O Amazônia in Loco acontece de 9 a 11 de novembro, na Estação das Docas, em Belém, com uma programação que reúne autoridades, empresários e experts para exposição de produtos e serviços, rodadas de negócios e discussões de alto nível.

O peso político do seminário e, consequentemente, o impacto que pode ter nas relações entre Brasil e Europa, pode ser exemplificado pela importância de seus participantes. Temos confirmados ministros de Estado de Portugal e Finlândia, bem como os representantes diplomáticos da Espanha e da União Europeia.

Já o compromisso do governo brasileiro será representado pelo general Hamilton Mourão. O vice-presidente e responsável pelo Conselho Nacional da Amazônia abordará, durante sua participação, as ações federais em prol da preservação do bioma amazônico.

 


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