Um ambiente de trabalho saudável permite que as pessoas desempenhem suas atividades e tragam os resultados esperados, sem comprometer sua qualidade de vida e saúde mental.
Onde há confiança, há entrega.
Adotar um modelo de liderança alterista contribui para aumentar os níveis de produtividade, melhorar o nível de engajamento com a empresa, reter talentos e se destacar frente à concorrência.
Antes de mais nada é preciso entender o que é um(a) líder alterista.
Um(a) líder alterista é aquela pessoa dotada de propósitos e valores verdadeiros, que acredita que tem uma missão, uma mensagem e um ensinamento para ser transmitido para outras pessoas.
Para ser um(a) líder alterista é preciso agir como uma pessoa doadora alterista.
A pessoa alterista é aquela definida como doadora em uma corporação, ou seja, é aquela que se preocupa com os demais, que está disposta a ajudar, ensinar, colaborar, que sabe ouvir seus/suas colegas de trabalho, mas que age levando em conta seus propósitos, interesses coletivos, limites existentes nas relações e pensando no que é bom para todos.
Um(a) líder alterista se diferencia porque não somente passa as instruções para a equipe, mas trabalha junto visando o interesse comum. Motiva e direciona a equipe para trabalhar em conjunto e focar em uma causa única.
Como agir como líder alterista?
Um(a) líder alterista é aquele(a) que luta pelos seus ideais, valores, propósitos e que entende que o compartilhamento de conhecimento gera transformação. Tem consciência que o conhecimento, argumentos e pensamentos são seus, mas é possível dividir sua expertise com outras pessoas como forma de crescimento contínuo. Além disso, cria novas maneiras de pensar e se comunicar com os demais.
As características e atitudes de um(a) líder alterista estão conectadas com as competências relacionais, que são fundamentais para se diferenciar do grupo de líderes que alcançam grandes posições, mas não desenvolvem a habilidade de se relacionar com os demais.
As competências relacionais funcionam como um código de ética e devem ser analisadas tendo em vista os valores e atitudes das pessoas envolvidas.
Segundo o terapeuta e escritor dinamarquês Jesper Juul, é possível definir as competências relacionais como sendo um conjunto interconectado de atitudes e valores relacionais.
De acordo com ele, existem três elementos centrais que formam as competências relacionais:
- Respeito igual pelas partes
- Autenticidade
- Responsabilidade pela relação
RESPEITO IGUAL PELAS PARTES
Descreve a atitude individual acerca das diferenças entre sua própria cognição, intenção e emoções e as dos outros/outras.
Mede a disposição e abertura individual para aprender e reconhecer os sentimentos, intenções e pensamentos alheios e respeitá-los e toma-los a sério como se fossem seus.
Dentro do conceito das competências relacionais, esta atitude significa que você presta atenção nos outros/outras sem condenar ou depreciar a outra pessoa.
AUTENTICIDADE
Descreve a disposição e abertura para ser quem você é e mostrar suas emoções, intenções e pensamentos em uma relação.
Ao invés de manter suas experiências internas e externas em segredo, elas são demonstradas com transparência na relação com o outro(a) com o objetivo de que o outro(a) saiba, compreenda e divida experiências com você.
Em conjunto com a atitude de respeito pelo outro(a), a autenticidade desenvolve um alto grau de compartilhamento e proteção (cuidado).
RESPONSABILIDADE SOBRE A RELAÇÃO
Descreve uma habilidade individual e supõe ver você ou as outras pessoas como partes decisivas e influentes na relação.
Este conceito implica que o indivíduo está tomando medidas ativas para induzir mudanças quando surgem problemas, em vez de apenas colocar a culpa no outro(a).
Além disso, um indivíduo que aceita sua responsabilidade pelo relacionamento tende a refletir sobre o seu comportamento específico dentro da relação e sabe que relacionamentos bem-sucedidos dependem da ação de todos os envolvidos.
O perfil de líder alterista é o ideal nos dias atuais.
Em um mundo cada dia mais competitivo se destacam as pessoas que são capazes de extrair o melhor de cada colaborador(a), sem que isso resulte em adoecimento ou perda de propósito.
Ser líder é um eterno aprendizado e manter as portas (e ouvidos) abertos para a equipe é aumentar as chances de encontrar as melhores soluções diante de um desafio.
É entender que é preciso se posicionar sobre aquilo que você fala e quer ensinar. É ter consciência da importância de como você coloca a sua mensagem para sua equipe e para o mundo.
Isso produzirá um efeito positivo para todos(as) que estão ao seu lado, trará resultados melhores para a empresa e fará com que todas as pessoas queiram crescer junto com a empresa.
*Cris Zanata – CEO e Fundadora do InsAB
Saiba mais!