Os benefícios da liderança alterista e seu papel no aumento da produtividade

Fonte: InsAB (Instituto de Alterismo do Brasil) Publicado em

*Cris Zanata

Um ambiente de trabalho saudável permite que as pessoas desempenhem suas atividades e tragam os resultados esperados, sem comprometer sua qualidade de vida e saúde mental.

Onde há confiança, há entrega.

Adotar um modelo de liderança alterista contribui para aumentar os níveis de produtividade, melhorar o nível de engajamento com a empresa, reter talentos e se destacar frente à concorrência.

Antes de mais nada é preciso entender o que é um(a) líder alterista.

Um(a) líder alterista é aquela pessoa dotada de propósitos e valores verdadeiros, que acredita que tem uma missão, uma mensagem e um ensinamento para ser transmitido para outras pessoas.

Para ser um(a) líder alterista é preciso agir como uma pessoa doadora alterista.

A pessoa alterista é aquela definida como doadora em uma corporação, ou seja, é aquela que se preocupa com os demais, que está disposta a ajudar, ensinar, colaborar, que sabe ouvir seus/suas colegas de trabalho, mas que age levando em conta seus propósitos, interesses coletivos, limites existentes nas relações e pensando no que é bom para todos.

Um(a) líder alterista se diferencia porque não somente passa as instruções para a equipe, mas trabalha junto visando o interesse comum. Motiva e direciona a equipe para trabalhar em conjunto e focar em uma causa única.

Como agir como líder alterista?

Um(a) líder alterista é aquele(a) que luta pelos seus ideais, valores, propósitos e que entende que o compartilhamento de conhecimento gera transformação.  Tem consciência que o conhecimento, argumentos e pensamentos são seus, mas é possível dividir sua expertise com outras pessoas como forma de crescimento contínuo. Além disso, cria novas maneiras de pensar e se comunicar com os demais.

As características e atitudes de um(a) líder alterista estão conectadas com as competências relacionais, que são fundamentais para se diferenciar do grupo de líderes que alcançam grandes posições, mas não desenvolvem a habilidade de se relacionar com os demais.

As competências relacionais funcionam como um código de ética e devem ser analisadas tendo em vista os valores e atitudes das pessoas envolvidas.

Segundo o terapeuta e escritor dinamarquês Jesper Juul, é possível definir as competências relacionais como sendo um conjunto interconectado de atitudes e valores relacionais.

De acordo com ele, existem três elementos centrais que formam as competências relacionais:

  • Respeito igual pelas partes
  • Autenticidade
  • Responsabilidade pela relação

RESPEITO IGUAL PELAS PARTES

Descreve a atitude individual acerca das diferenças entre sua própria cognição, intenção e emoções e as dos outros/outras.

Mede a disposição e abertura individual para aprender e reconhecer os sentimentos, intenções e pensamentos alheios e respeitá-los e toma-los a sério como se fossem seus.

Dentro do conceito das competências relacionais, esta atitude significa que você presta atenção nos outros/outras sem condenar ou depreciar a outra pessoa.

AUTENTICIDADE

Descreve a disposição e abertura para ser quem você é e mostrar suas emoções, intenções e pensamentos em uma relação.

Ao invés de manter suas experiências internas e externas em segredo, elas são demonstradas com transparência na relação com o outro(a) com o objetivo de que o outro(a) saiba, compreenda e divida experiências com você.

Em conjunto com a atitude de respeito pelo outro(a), a autenticidade desenvolve um alto grau de compartilhamento e proteção (cuidado).

RESPONSABILIDADE SOBRE A RELAÇÃO

Descreve uma habilidade individual e supõe ver você ou as outras pessoas como partes decisivas e influentes na relação.

Este conceito implica que o indivíduo está tomando medidas ativas para induzir mudanças quando surgem problemas, em vez de apenas colocar a culpa no outro(a).

Além disso, um indivíduo que aceita sua responsabilidade pelo relacionamento tende a refletir sobre o seu comportamento específico dentro da relação e sabe que relacionamentos bem-sucedidos dependem da ação de todos os envolvidos.

O perfil de líder alterista é o ideal nos dias atuais.

Em um mundo cada dia mais competitivo se destacam as pessoas que são capazes de extrair o melhor de cada colaborador(a), sem que isso resulte em adoecimento ou perda de propósito.

Ser líder é um eterno aprendizado e manter as portas (e ouvidos) abertos para a equipe é aumentar as chances de encontrar as melhores soluções diante de um desafio.

É entender que é preciso se posicionar sobre aquilo que você fala e quer ensinar. É ter consciência da importância de como você coloca a sua mensagem para sua equipe e para o mundo.

Isso produzirá um efeito positivo para todos(as) que estão ao seu lado, trará resultados melhores para a empresa e fará com que todas as pessoas queiram crescer junto com a empresa.

*Cris Zanata – CEO e Fundadora do InsAB

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