Saúde por AME (Amigos Múltiplos Pela Esclerose) | Saúde mental e as festas de fim de ano

Fonte: AME (Amigos Múltiplos Pela Esclerose) Publicado em

O fim de um ano sugere uma série de reflexões, que podem envolver sentimentos complexos

Como foi o seu ano? Essa pergunta pode ressoar de diferentes maneiras, positivas e negativas. Para muitas pessoas, porém, o fim do ano carrega uma série de reflexões que podem ser gatilhos envolvendo cobranças e frustrações sobre expectativas criadas anteriormente, reforçando sentimentos de tristeza e solidão. Segundo o CVV (Centro de Valorização da Vida),  durante o período de datas comemorativas, as ligações de pessoas pedindo ajuda aumentam 15%. 

“O momento do fim de ano pode trazer a necessidade de reflexão sobre o que fizemos durante o ano. Esse contato traz diversos sentimentos necessários, além de ser um momento de rituais familiares, principalmente depois de mais um ano pandêmico, em que o distanciamento foi um dos mecanismos de sobrevivência”, comenta a neuropsicóloga Gisele Calia.

Para quem convive com alguma condição envolvendo saúde mental, como a depressão, a época pode ser desafiadora. Para a neuropsicóloga, “todo o período melancólico e reflexivo do fim do ano pode ocasionar mais questões de saúde mental. No fim do ano, é muito importante que você intensifique seus cuidados com a saúde mental, porque os apelos para que ela se desestruture são maiores”. De acordo com o CVV, 9 entre 10 mortes por suicídio podem ser evitadas. Buscar apoio, principalmente em momentos delicados de fragilidade, é muito importante, por isso, se você perceber que alguém precisa de ajuda, o CVV disponibiliza uma linha de apoio gratuita e nacional, através do número 188. 

Pedir ajuda quando necessário é crucial nesse processo. Outras medidas, como o cultivo de hábitos mais equilibrados, podem ajudar na manutenção da saúde mental. “Assim como cuidamos da saúde física, precisamos cuidar da saúde mental com hábitos e rotinas: lazer, descanso, relacionamentos saudáveis, não trabalhar em excesso. Tomar cuidado com as redes sociais, já que geralmente só colocamos aquilo que deu certo por lá e se comparar pode ser perigoso”, indica Gisele, que completa a dica: “olhe ao redor, coloque as questões em perspectiva. Perspectiva tem a ver com esperança, que não é a passividade, mas ter uma postura mental que priorize a busca por soluções, encontrar saídas”.

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