Os dirigentes de sete países europeus, entre eles Espanha e Alemanha, pediram a Bruxelas que conclua um “histórico” acordo comercial com o Mercosul, negociado desde 1999 e que, em sua reta final, enfrenta reservas dentro do bloco.
“Temos uma oportunidade histórica, estratégica, para fechar um dos acordos mais importantes da Política Comercial Comum Europeia”, ressaltam em uma carta enviada na quinta-feira (20) para o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, à qual a AFP teve acesso. No início do mês, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que Argentina e Brasil pretendiam fechar um acordo com a UE em “três, quatro semanas”.
No momento em que as negociações parecem se aproximar do fim, o Executivo comunitário, encarregado de negociar em nome da União Europeia (UE), é alvo de uma campanha de pressão – tanto dos partidários do acordo quanto de seus críticos.
Dias atrás, em outra carta, os líderes da França, Irlanda, Bélgica e Polônia expressaram sua “profunda preocupação” sobre o impacto de um acordo na agricultura, um setor sensível que teme ser sacrificado em benefício da indústria.
“Ambas as partes devem estar dispostas a fazer algumas concessões finais para conseguir este acordo histórico”, respondem os presidentes de Alemanha, Espanha, Holanda, Portugal, Suécia, Letônia e República Tcheca.
Os dirigentes defendem que “o comércio é chave para o crescimento econômico e a criação de emprego na UE” e ressaltam os benefícios para a indústria de veículos e autopeças, de maquinário, produtos químicos e farmacêutica.
A Comissão Europeia confirmou a recepção de ambas as cartas.
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